quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Crítica: Frozen - O Reino do Gelo (2013)

*7/10*

A Disney está de volta com Frozen - O Reino do Gelo (depois de Força Ralph, em 2012, e Entrelaçados, em 2010), um filme recheado dos valores clássicos da produtora e que, apesar de não marcar a história da animação, tem as suas singularidades e músicas de encantar.

Duas princesas, irmãs, protagonizam esta história onde o bem e o mal não se distinguem facilmente. As personagens fazem-nos rir e emocionam-nos, e levam-nos consigo nesta aventura gelada e mágica.

A princesa Anna embarca numa arriscada jornada, juntamente com Kristoff e a sua leal rena Sven, para encontrar a sua irmã Elsa, cujos poderes aprisionaram o reino de Arendelle num Inverno eterno. Enfrentando condições próprias do Evereste, trolls e um divertido boneco de neve chamado Olaf, Anna e Kristoff entram numa corrida para salvar o reino.

Frozen - O Reino do Gelo faz-nos regressar ao mundo das princesas da Disney - e já tínhamos saudades - depois de Rapunzel. Anna e Elsa são as protagonistas e trazem consigo o renascer das temáticas habituais dos clássicos da produtora: o amor, o bem e o mal, a morte e a esperança estão bem presentes. Inspirado no conto The Snow Queen, de Hans Christian AndersenChris Buck e Jennifer Lee trouxeram-nos um filme para toda a família e bem a propósito do Natal.

A história, com duas heroínas, prima por alguma originalidade e uma reviravolta inesperada, mas não se consegue assumir como um marco na animação da Disney. Ainda assim, Frozen - O Reino do Gelo distingue-se pela temática central: Elsa, a futura rainha de Arendelle, possui poderes raros que a tornam diferente e a fazem ser vista como vilã. Os seus pais preferem mantê-la fechada pensando que assim ela iria controlar melhor os seus poderes. Mas será que é essa a melhor opção?

A personalidade de Elsa é claramente marcada por essa clausura que limitou a sua infância e adolescência. Ela é uma mulher solitária, sisuda, aterrorizada pelo facto de não controlar os seus poderes. Quando, de repente, se vê acusada por todo o reino, Elsa foge para longe de tudo, para poder viver os anos que perdeu fechada no seu quarto. Pelo contrário, Anna é uma impulsiva, divertida e corajosa princesa, que ama a sua irmã mais velha, contra tudo e contra todos. Ela crê que Elsa nunca lhe poderá fazer mal. Ao mesmo tempo, acredita piamente no amor à primeira vista e parece não ter muita noção dos riscos que pode correr.


Para além das protagonistas, há outras personagens marcantes. O vendedor de gelo Kristoff, solitário e corajoso, a sua rena Sven, de quem é inseparável e que nos vai deixar enternecidos, e um improvável boneco de neve, Olaf, que sonha com o Verão que nunca viveu.

Uma das maiores forças de Frozen - O Reino do Gelo é a sua componente musical, onde as personagens cantam e encantam, fazendo prever algumas nomeações para o Oscar de Melhor Canção. Ao mesmo tempo, a animação tem bons momentos - a água ou a tempestade de neve são dois bons exemplos de uma sensação de quase imagem real. Por seu lado, o 3D não se revela aqui tão incómodo como é hábito.

Não se trata de um título ímpar, é verdade. Todavia, Frozen - O Reino do Gelo traz consigo uma magia muito característica de que já tínhamos saudades, e proporciona-nos momentos mágicos e gelados - ou não estivéssemos no tempo do frio.

2 comentários:

Sara disse...

Nós sempre temos que considerar a possibilidade de fazer essas coisas, porque eles são importantes para relaxar, espero que em algum momento você pode ir fazer o restaurantes em sao paulo

Os Filmes de Frederico Daniel disse...

Um filme para miúdos e graúdos, é excelente 5*