quinta-feira, 21 de abril de 2016

Crítica: Instinto Fatal / Basic Instinct (1992)

"You know I don't like to wear any underwear, don't you, Nick?"
Catherine Tramell

*7/10*

Sexy e erótico são duas palavras que assentam na perfeição a Instinto Fatal (Basic Instinct), do Herói Independente do IndieLisboa'16, Paul Verhoeven. A estas duas características, juntou-lhes uma história de crime e mistério (o argumento é de Joe Eszterhas) e, voilà, eis os ingredientes certos para estalar a polémica e ficar na História, nem que seja pelo mais famoso (des)cruzar de pernas do cinema.

Em Instinto Fatal, Sharon Stone é Catherine Tramell, uma escritora suspeita de assassinar o amante, e Michael Douglas é o detective Nick Curran, com um passado atribulado, chamado a investigar o caso.

Um enredo bem construído, com suspense e a dúvida a pairar na mente das personagens e do espectador. Somos também detectives deste caso. Verhoeven mostra como a estética do seu trabalho também tem conteúdo, criando este perigoso jogo de sangue, sedução, sexo e crime com mestria e personalidade. Mais do que escandalizar a época, o realizador consegue cativar a audiência que não vai querer perder nenhum momento da acção. Os planos incómodos e íntimos constituem outro ponto de envolvimento da plateia: perturbam e seduzem-na.


As personagens têm a sua complexidade, e vamos dar por nós a tentar compreender o encanto animalesco de Nick por Catherine, e igualmente a sua obsessão pelo detective. Mentes perturbadas em corpos movidos pelo instinto e temos Instinto Fatal.

O filme é exibido no IndieLisboa no dia 27 de Abril (quarta-feira), às 21h30, na Cinemateca Portuguesa.

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